DIÁRIO DE BORDO-2
- Os Sanjorgenses alinharam na forma, para a imposição das insignias no braço, da vacina antivariaólica. Como na parada de quartel em festa, o povinho alinhou para receber as divisas da imunidade parlamentar.
- O Largo da Eira está a ficar um brinco. Até a chinesice do chafariz e lavadouro público vai ser escorrido do meio do largo. Já está de molho na água a amolecer para ser demolido. E agora nao venham lá com a ideia do coreto filarmónico: com os tempos maus que vão correndo as futuras festas serão só e sempre no reino celestial!
- Por aqui continuamos a contribuir assídua e pecuniariamente para os prémios do Totobola. Mas vai mudar o vento cá em S.Jorge: Palpite ao serão, ao lume, apertando as mãos na cabeça como nas dores de dentes, sombriamente. Depois preencha o boletim, e venha rápido entregá-lo na agência de S.Jorge. A máquina tardou por estar a choques e raios infravermelhos, mas agora até diz segredos.
- Estava assente que a teimosa carreira das onze viria à Ponte de Entrecampos nos primeiros dias do ano em curso.
Mas como a fidalga carreira liga ao comboio da Beira Baixa, perdeu-o e vagueia agora lá para os lados do Ladoeiro à sua procura, aos ais de "aparece-me". É assim, esperada aqui a todo o momento para ruidoso gáudio de todos e economia de solas.
- Fuga para o Egipto? Não, para a França. Nos últimos meses os sanjorgenses enamoraram-se da vida em França, e têm saido em debandada. Eles têm lá francos, e nós temos cá frangos! Pautai bem a vossa questão, amigos, e vereis que a troca que tanto vos entusiasma, talvez nao pese as vantagens que pensais ir encontrar. Todos nós temos este natural irrequieto, que não nos satisfaz em parte nenhuma, e isso é mais um castigo para nós, homens, do que própriamente um incentivo de bom acerto e palpite. Deixa-te ficar, pois, amigo, e espera, porque há francos novos e frangos por toda a parte!
Jorge
- Os Sanjorgenses alinharam na forma, para a imposição das insignias no braço, da vacina antivariaólica. Como na parada de quartel em festa, o povinho alinhou para receber as divisas da imunidade parlamentar.
- O Largo da Eira está a ficar um brinco. Até a chinesice do chafariz e lavadouro público vai ser escorrido do meio do largo. Já está de molho na água a amolecer para ser demolido. E agora nao venham lá com a ideia do coreto filarmónico: com os tempos maus que vão correndo as futuras festas serão só e sempre no reino celestial!
- Por aqui continuamos a contribuir assídua e pecuniariamente para os prémios do Totobola. Mas vai mudar o vento cá em S.Jorge: Palpite ao serão, ao lume, apertando as mãos na cabeça como nas dores de dentes, sombriamente. Depois preencha o boletim, e venha rápido entregá-lo na agência de S.Jorge. A máquina tardou por estar a choques e raios infravermelhos, mas agora até diz segredos.
- Estava assente que a teimosa carreira das onze viria à Ponte de Entrecampos nos primeiros dias do ano em curso.
Mas como a fidalga carreira liga ao comboio da Beira Baixa, perdeu-o e vagueia agora lá para os lados do Ladoeiro à sua procura, aos ais de "aparece-me". É assim, esperada aqui a todo o momento para ruidoso gáudio de todos e economia de solas.
- Fuga para o Egipto? Não, para a França. Nos últimos meses os sanjorgenses enamoraram-se da vida em França, e têm saido em debandada. Eles têm lá francos, e nós temos cá frangos! Pautai bem a vossa questão, amigos, e vereis que a troca que tanto vos entusiasma, talvez nao pese as vantagens que pensais ir encontrar. Todos nós temos este natural irrequieto, que não nos satisfaz em parte nenhuma, e isso é mais um castigo para nós, homens, do que própriamente um incentivo de bom acerto e palpite. Deixa-te ficar, pois, amigo, e espera, porque há francos novos e frangos por toda a parte!
Jorge